quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Virgem Maria

Maria e o mistério do Reino de Deus

Nossa Senhora nos ajuda a acolher Jesus Cristo, o Reino dos Céus, em nossas vidas.


O Reino de Deus é um mistério, pois se faz presente no meio de nós através da semente divina, que foi plantada em nosso coração. “Jesus disse à multidão: ‘O Reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra. Ele vai dormir e acorda, noite e dia, e a semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe como isso acontece” (Mc 4, 26-27). Esta semente é o dom da fé, ainda que pequena como um grão de mostarda, pode chegar a ser uma grande hortaliça, a maior delas (cf. Mc 4, 30-34). Por ser grande esse mistério de Deus, não cabe a nós questionar os seus desígnios, mas precisamos nos entregar enquanto sementes, para que germinemos, cresçamos e produzamos frutos. Porém, enquanto terreno, precisamos receber a semente do Reino de Deus numa terra boa, para que esta germine, cresça e produza os frutos que o Senhor espera.

Este grande mistério, que é o Reino do Céus, precisa ser acolhido em um coração humilde, que aceite ouvir ouvir a voz do Senhor. As exigências do Reino e a sua grandeza precisam ser ouvidas, meditadas e guardadas no coração (cf. Lc 3, 51), pois não somos capazes de compreender imediatamente os desígnios de Deus. Nesse sentido, Maria é para nós o grande modelo de acolhimento do Reino, na Anunciação, pois Ela recebeu o Espírito Santo, do qual ficou cheia, e o próprio Verbo de Deus, que é o Reino de Deus em pessoa (cf. Lc 1, 26-38).

Nossa Senhora nos confirma em nossa fé, ainda que ela seja pequena como um grão de mostarda (cf. Mt 13, 31-32). O seu ventre foi o solo fecundo, no qual o Reino de Deus foi plantado no meio de nós. Ela não somente acolheu, mas cooperou para que o Reino de Deus, que é Jesus, fosse formado nela. Enquanto Mãe de Jesus, ela gerou o Reino durante os meses de sua gestação, mas também formou o próprio Autor da vida no seu dever de mãe e educadora.

Para acolher esse grande mistério, que é o Reino de Deus em nossa vida, precisamos olhar para aquela que mais cooperou para a sua realização. Precisamos imitar-lhe as virtudes, o seu silêncio, a sua humildade, a sua simplicidade. Mais do que isso, precisamos confiar-lhe nossas vidas, pois o próprio Autor da vida se confiou inteiramente a ela. Nela somos gerados para Deus, o Reino dos Céus é formado em nós, pois ela gera o próprio Cristo em nós.

Assim, como Jesus Cristo, somos chamados a nos confiar inteiramente a Virgem Maria, para que ela faça germinar, crescer e produzir frutos a semente do Verbo que foi plantada em nós pelo Espírito Santo. Pois, ela nos ajuda a acolher Jesus em nossa vida na humildade de coração, fazendo-nos escravos do Senhor, para fazermos a Sua vontade. E, para viver com mais intensidade essa escravidão de amor a Cristo pelas mãos de Maria, somos chamados a uma consagração total a ela. Nesta consagração somos formados por aquela que podemos chamar de Mãe e Mestra, pois ela realizou estas missões na vida do próprio Jesus. Não tenhamos medo de nos confiar inteiramente a Maria, pois assim o fez o Senhor. Ele confiou-se inteiramente nas suas mãos, por isso, nos confiemos também nós Nossa a Mãe na qualidade de consagrados

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Espiritualidade

A folha de irmã Maria Celeste não chegou até nós na sua versão original. Conhecemos somente a síntese que, cerca de vinte anos mais tarde, ela redigirá na sua Autobiografia (escrita em Foggia, provavelmente entre 1750-1755; cfr. Majorano o. c. 129-130). No dia 4 de outubro de 1731, festa de São Francisco:

"Sua alma foi novamente surpreendida por uma claridade e uma luz no Senhor, entendendo que deveria inscrever na fórmula do Instituto aquelas palavras do Evangelho: ‘Ide e pregai a toda criatura que está próximo o reino dos céus' (Mt 10,7; 28,19). E que sobre essas palavras continuasse a forma de vida que ele ditava em seu nome. Os exercícios diários e espirituais eram os mesmos indicados nas Regras já escritas (1725, para o mosteiro feminino de Scala), assim como o modo de vestir igual em tudo, como estava prescrito nas mencionadas Regras.

Mas que todos os congregados devessem viver em pobreza apostólica, como aquele seu servo amado cuja festa se celebrava, que o imitara tão de perto. Que todos os seus bens temporais fossem depositados aos pés do superior; que se fizesse um fundo comum que se chamasse fundos dos pobres para as missões, para dar esmolas a viúvas e órfãos, segundo a necessidade e a decisão do superior; mas se, por esmola, lhes fossem dados capitais ou rendas, poderiam ser recebidos e postos nesse fundo dos pobres. E que o superior, como de coisa não própria, mas alheia, pudesse tirar desse fundo o necessário para cobrir as necessidades dos irmãos, como pobres. Nas viagens não estivessem muito longe de suas moradias, que andassem dois a dois, pregando a penitência.

sábado, 15 de dezembro de 2012

Padre Geral

Roma,16 de dezembro de 2012

Caríssimos Confrades, Irmãs e amigos,

Ao você receber esta edição de Dezembro do Scala, estaremos mais do que o meio do caminho do Advento e prestes a começar a Novena para o Natal. Eu gostaria de aproveitar esta oportunidade para refletir com você sobre o significado deste tempo. Para Santo Afonso, a Encarnação que celebramos no Natal é o primeiro ‘Mistério da Redenção’. Durante o Tempo do Advento e, especialmente, durante a Novena, aguardamos com jubilosa esperança, rezando para que Deus aumente nosso apetite para a grande festa que vem.

Para Afonso, a Encarnação é a celebração e a afirmação da vida. Ele escreve, “Merecidamente faz o Apóstolo chamar Jesus Cristo de nossa vida. Observe o nosso Redentor, vestido com carne e feito uma Criança, e ele nos diz: ‘Eu vim para que tenham vida’.” Nós celebramos esta vida em nossas famílias e em nossas paróquias. As luzes brilhantes e as decorações, os hinos que cantamos, a alegria de nossas liturgias e as saudações que compartilhamos com os outros, tudo isso são sinais de vida que Deus partilha conosco. Afonso continua: “Desde o primeiro momento da Encarnação, Jesus abraçou nossa redenção com entusiasmo. Ele se alegra em adormecer um gigante para executar seu curso, e vem saltando sobre as montanhas e saltidando sobre as colinas”.

E por que tanta alegria? Afonso escreve que Deus se fez homem para poder conversar conosco como um amigo. Ele anseia que conversemos com Ele e que O encontremos na manjedoura, para que O reconheçamos no mundo, entre os pobres e abandonados, e que O acolhamos e àqueles que Ele traz com Ele. É um mistério da amizade.

Que vocês possam experimentar toda a alegria e bênçãos do Natal! Que o mistério da Encarnação atraia vocês mais profundamente ao mistério da amizade com Jesus Redentor, bem como com a comunhão com o menor de seus irmãos e irmãs. Desejo-lhes um Feliz e Abençoado Natal.

Em Jesus, nosso Redentor

Michael Brehl, C.Ss.R.
Superior Geral

Fonte: Boletim Scala

sábado, 8 de dezembro de 2012

Virgem Maria

A IMACULADA CONCEIÇÃO

“Piedosa crença” que se tornou dogma

A Imaculada Conceição da Maria Virgem - singular privilégio concedido por Deus, desde toda a eternidade, Àquela que seria Mãe de seu Filho Unigênito - preside a todos os louvores que Lhe rendemos na recitação de seu Pequeno Ofício. Assim, parece-nos oportuno percorrer rapidamente a história dessa "piedosa crença" que atravessou os séculos, até encontrar, nas infalíveis palavras de Pio IX, sua solene definição dogmática.

Onze séculos de tranquila aceitação da "piedosa crença"

Os mais antigos Padres da Igreja, amiúde se expressam em termos que traduzem sua crença na absoluta imunidade do pecado, mesmo o original, concedida à Virgem Maria. Assim, por exemplo, São Justino, Santo Irineu, Tertuliano, Firmio, São Cirilo de Jerusalém, Santo Epifânio, Teódoro de Ancira, Sedulio e outros comparam Maria Santíssima com Eva antes do pecado. Santo Efrém, insigne devoto da Virgem, A exalta como tendo sido "sempre, de corpo e de espírito, íntegra e imaculada". Para Santo Hipólito Ela é um"tabernáculo isento de toda corrupção". Orígenes A aclama"imaculada entre imaculadas, nunca afetada pela peçonha da serpente". Por Santo Ambrósio é Ela declarada "vaso celeste, incorrupta, virgem imune por graça de toda mancha de pecado". Santo Agostinho afirma, disputando contra Pelágio, que todos os justos conheceram o pecado,"menos a Santa Virgem Maria, a qual, pela honra do Senhor, não quero que entre nunca em questão quando se trate de pecados".

Cedo começou a Igreja - com primazia da Oriental - a comemorar em suas funções litúrgicas a imaculada conceição de Maria. Passaglia, no seu De Inmaculato Deiparae Conceptu, crê que a princípios do Século V já se celebrava a festa da Conceição de Maria (com o nome de Conceição de Sant'Ana) no Patriarcado de Jerusalém. O documento fidedigno mais antigo é o cânon de dita festa, composto por Santo André de Creta, monge do mosteiro de São Sabas, próximo a Jerusalém, o qual escreveu seus hinos litúrgicos na segunda metade do século VII.

Tampouco faltam autorizadíssimos testemunhos dos Padres da Igreja, reunidos em Concílio, para provar que já no século VII era comum e recebida por tradição a piedosa crença, isto é, a devoção dos fiéis ao grande privilégio de Maria (Concílio de Latrão, em 649, e Concílio Constantinopolitano III, em 680).

Em Espanha, que se gloria de ter recebido com a fé o conhecimento deste mistério, comemora-se sua festa desde o século VII. Duzentos anos depois, esta solenidade aparece inscrita nos calendários da Irlanda, sob o título de "Conceição de Maria".

Também no século IX era já celebrada em Nápoles e Sicílias, segundo consta do calendário gravado em mármore e editado por Mazzocchi em 1744.

Em tempos do Imperador Basílio II (976-1025), a festa da "Conceição de Sant'Ana" passou a figurar no calendário oficial da Igreja e do Estado, no Império Bizantino.

No século XI parece que a comemoração da Imaculada estava estabelecida na Inglaterra, e, pela mesma época, foi recebida em França. Por uma escritura de doação de Hugo de Summo, consta que era festejada na Lombardia (Itália) em 1047. Certo é também que em fins do século XI, ou princípios do XII, celebrava-se em todo o antigo Reino de Navarra.
Séculos XII-XIII: Oposições

No mesmo século XII começou a ser combatido, no Ocidente, este grande privilégio de Maria Santíssima.

Tal oposição haveria ainda de ser mais acentuada e mais precisa na centúria seguinte, no período clássico da escolástica. Entre os que puseram em dúvida a Imaculada Conceição, pela pouca exatidão de idéias à matéria encontram-se doutos e virtuosos varões, como, por exemplo, São Bernardo, São Boaventura, Santo Alberto Magno e o angélico São Tomás de Aquino.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Sr. Maria Josefa


Serva de Deus Maria Anna Josefa da Ressurreição
(1772 - 1841)

Nascieu em Gretz em Styria em 22 de Janeiro de 1772, filha do conde Godefroy Suardi, foi nomeado Antônia. Seu pai, depois de ter ocupado um cargo importante na Styria, foi criado Chanceler ao imperador austríaco. Ela recebeu uma educação realizada pelas mãos das freiras Visitandina - Tendo a posse perfeita de cinco línguas e para a realização adicional de um virtuoso do piano. Ela se casou com o muito honrado conde Joseph Welsenheimb e ficou viúva em 1811. Posteriormente, ela se entregou a obras de piedade.

Ela conheceu, na Áustria, Eugenie Gauvenet, o futuro Madre Marie Alphonse da Vontade de Deus, penitente de Venerável Pe. Passerat e se juntou a ela na Fundação Redentoristas projetada. No fim, como Madre Maria Afonsa, a beber o espírito do instituto na sua fonte, os dois foram enviados pelo padre Passerat ao Convento das Redentoristas de Sant'Agata de Goti na Itália para fazer o noviciado. Depois de ter recebido o hábito religioso em Roma, e tendo venerada no Santuário de Loreto, voltaram a Viena.

Elas fizeram os votos perpétuos e definir sobre o fundamento dos Redentoristas sobre os Alpes. Mais tarde, Madre Maria Anna Josefa teve a alegria de acolher o mais novo de seus oito filhos dentro dos muros de seu mosteiro em Viena. Ela adormeceu no Senhor em 25 de Fevereiro de 1841.