Durante
a celebração da abertura oficial do Ano de Promoção da Vocação Missionária
Redentorista, no dia 1º de agosto, o Superior Geral da Congregação do
Santíssimo Redentor, Pe. Michael Brehl, C.Ss.R., falou sobre as expectativas
para esse ano especial e também sobre a vida do fundador dos Redentoristas,
Afonso Maria de Liguório.
O sacerdote destacou três ensinamentos de Santo Afonso que deverão ser seguidos como exemplo: proximidade do povo, escutar com respeito e acompanhar com compaixão e esperança.
A missa solene foi realizada durante os festejos de Santo Afonso, na Paróquia de mesmo nome, no Rio de Janeiro (RJ).
Confira na íntegra a homilia do Redentorista:
O sacerdote destacou três ensinamentos de Santo Afonso que deverão ser seguidos como exemplo: proximidade do povo, escutar com respeito e acompanhar com compaixão e esperança.
A missa solene foi realizada durante os festejos de Santo Afonso, na Paróquia de mesmo nome, no Rio de Janeiro (RJ).
Confira na íntegra a homilia do Redentorista:
Caros
Amigos,
É
um grande privilégio para mim e para o Pe. Alberto estar com vocês celebrando a
festa de Santo Afonso, padroeiro desta paróquia. Hoje, no mundo inteiro, os
Missionários Redentoristas estão começando um Ano especial de Promoção da
Vocação Missionária Redentorista. Que alegria festejar este momento importante
com vocês aqui no Rio de Janeiro, onde acabamos de celebrar a Jornada Mundial
da Juventude com o Papa Francisco e jovens de todas as nações!
Santo
Afonso foi o primeiro Missionário Redentorista. Abrir este Ano Vocacional
Redentorista na festa dele é sumamente apropriado. Santo Afonso pode nos
ensinar muitas coisas sobre a nossa Vocação Missionária – mas hoje eu gostaria
de falar a respeito de três delas. Durante este Ano, poderemos descobrir juntos
muitas outras dimensões importantes. Mas para hoje, apenas três pontos!
Santo
Afonso nos ensina que a vocação missionária Redentorista significa proximidade
do povo, escutar o povo com respeito e acompanhar o povo com compaixão e
esperança.
Proximidade
do povo: Santo Afonso cresceu bem perto das pessoas comuns. Seu pai
matriculou-o como voluntário no hospital onde eram atendidas as pessoas
abandonadas e sozinhas. Seu pai levou-o também às prisões para visitar os
condenados à morte. Ele também ensinou Afonso a pedir doações para ajudar as
famílias que ficariam sem um marido ou sem um pai. O pai de Afonso sentiu que
era importante para o filho conhecer pessoalmente as pessoas comuns que
enfrentavam desafios e dificuldades reais. Afonso aprendeu bem essa lição. Nunca
teve medo das pessoas que eram diferentes ou pobres, ou necessitadas.
Quando
era padre jovem, Afonso foi às montanhas ao redor de Scala para tirar férias.
Lá encontrou muitos pastores com suas famílias, que não conheciam Jesus Cristo.
Viviam na pobreza lá nas alturas, abandonados pela Igreja e pela sociedade.
Afonso passou suas férias com eles, contando-lhes histórias do evangelho.
Chegou tão perto deles, que deixou-os entrar no seu coração. E entendeu que
devia fazer alguma coisa por eles e com eles. Naquelas montanhas, Afonso
descobriu sua Vocação Missionária Redentorista.
Mas
essa vocação foi preparada em sua família, na atenção de seus pais para com os
vizinhos – especialmente os pobres e os abandonados. Afonso sabia que devia
estar perto do povo, com os braços abertos e o coração aberto – como o Cristo
Redentor no Corcovado! E a mesma coisa devemos fazer.
Escutar
com respeito: Afonso foi brilhante nos estudos. Entendeu os mistérios da
filosofia e da teologia melhor do que muitos de seus professores. Quando padre
jovem, ficou famoso como pregador e confessor. Pensava que tinha as respostas
para a maioria das perguntas que o povo fazia – e em geral ele tinha mesmo.
Então ele começou a pregar ao povo abandonado do interior, e a ouvir as
confissões deles. Aí descobriu que ainda tinha muito que aprender. Ouvia com
respeito aquelas pessoas comuns que amavam a Deus e que queriam viver melhor.
Descobriu que tinha de mudar muitas de suas ideias precedentes. Aprendeu que
Deus era muito maior do que ele havia entendido até então.
Anos
mais tarde, Santo Afonso reconheceu que tudo quanto ele sabia de Teologia
Moral, ele havia aprendido ouvindo as
confissões dos homens e mulheres pobres que vinham a ele com seus
problemas e suas esperanças. Ele escutava com respeito e reconhecia que Deus já
estava agindo nas vidas daquelas pessoas. Descobriu que Deus ama todo mundo, e
que Jesus Cristo é o amor de Deus feito carne. Ele precisava anunciar essa
mensagem a todas as pessoas. Escutando e colaborando com os abandonados e pobres,
Afonso descobriu o que de fato significava a sua Vocação Missionária
Redentorista.
Descobriu
uma paixão por Jesus e uma paixão pelo povo, paixão maior do que ele jamais
imaginara.
Acompanhar
com compaixão e esperança: Próximo dos abandonados e dos pobres, e escutando-os
com respeito, Afonso percebeu que tudo precisava ser mudado. Os Missionários
que vieram juntar-se a ele deviam viver entre os abandonados e os pobres, perto
deles, não encerrados em conventos confortáveis. As estruturas da sociedade deviam
ser transformadas, de tal modo que cada um pudesse viver com dignidade.
Ele
sabia que, se nós queremos viver em paz e segurança, é preciso construir uma
sociedade justa. Trabalho e educação são instrumentos-chave para essa
sociedade. Para acabar com o tráfico de pessoas e com a prostituição, a função
da mulher precisa ser respeitada, dando-lhe acesso a um trabalho honesto. Para
proteger a dignidade das crianças, devem ser criados espaços seguros onde
possam crescer no amor, na comunidade e na segurança.
O
mandato de evangelizar conferido ao Missionário Redentorista “visa a libertação
e a salvação da pessoa humana toda” (Constituição Cinco). A finalidade da nossa
atividade missionária “é suscitar e formar comunidades ... que se tornem sinal
da presença de Deus no mundo” (Constituição Doze). Santo Afonso descobriu que a
Vocação Missionária Redentorista é um chamado à comunidade e ao compromisso. É
uma vocação que nós vivemos em colaboração com todos os homens e mulheres de
boa vontade. Os Missionários Redentoristas são as Testemunhas e os Missionários
da Copiosa Redenção para todos!
Durante
a Jornada Mundial da Juventude, o Papa Francisco nos desafiou a reconhecer cada
vez mais que Deus está chamando cada um de nós para essa vocação missionária.
Deus está nos chamando hoje como Ele chamou Santo Afonso quase trezentos anos
atrás. A maioria de vocês vai responder a esse chamado dentro do sacramento do
matrimônio, como bons cristãos, como pais e paroquianos. Muitos de vocês
responderam como voluntários e como famílias acolhedoras durante a Jornada
Mundial da Juventude. Aqui em Santo Afonso, vocês criam uma comunidade de
proximidade, escuta e acompanhamento – uma comunidade que é um sinal da
presença de Deus no mundo. Vocês alimentam e apoiam uma cultura da vocação na
qual todos os cristãos discípulos reconhecem a nossa vocação missionária hoje.
Vocês também são testemunhas e missionários – em seus lares, em seu lugar de
trabalho, sua paróquia e sua comunidade.
Alguns
de nós somos chamados a uma expressão mais formal dessa Vocação Missionária
Redentorista como sacerdotes, irmãos, irmãs e missionários leigos. Vocês podem
fazer a diferença no mundo – como vocês vão responder? Como Maria, nossa Mãe,
como Santo Afonso nosso Padroeiro e São Geraldo Majela, por favor, digam “sim”.
Nós precisamos de vocês.
Juntos,
paroquianos e sacerdotes, pais e religiosos, crianças e jovens: sejamos
Testemunhas e Missionários da Redenção no mundo de hoje. E Viva a Copiosa
Redenção! Viva a Mãe do Perpétuo Socorro! Viva Santo Afonso! Vivam os
Missionários Redentoristas!
Pe.
Michael Brehl, C.Ss.R.
Superior
Geral Redentorista
1º/08/2013
Com
informações do portal da juventude Redentorista
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